terça-feira, 10 de maio de 2011

Doutor

Doutor, eu sinto um aperto no peito... não doutor, não é pulmão... às vezes uma palpitação... não, acho que não é coração também... não tenho alimentação regrada, mas também não chega a ser exagerada. Não fumo, bebo pouco e faço exercicios com alguma regulariedade - londe da ideal, mas ainda assim alguma regulariedade. Psicologico? Penso que não, tenho momentos ruins, dias cinzas, dias de stress, mas no mais tenho uma saúde mental relativamente boa. Talvez... não, não acho que esses remedios aí vão me ajudar em algo. Posso falar? Doutor... eu acho que aconteceu algo terrivel, eu não deveria estar aqui. Deveria estar correndo atrás daquele trem, ela precisa saber que... não! Não é uma fuga da realidade. O trem não é um simbolo psico-somatico, que coisa! Com sua licença, preciso me apressar, o que eu sinto médico nenhum pode curar... não, longe de querer menospreza-lo... mas minha doença, se é que posso chamar assim - acho que não, apesar dos "sintomas" - chama-se amor.

Um comentário:

Camila Fortunato disse...

ah, que bonitinho...

muito boa sua crônica, Lu!

beijo