segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Aos '12

Esses ano não vou fazer o balanço anual da vida que sempre faço. Não acho necessário. Tive minhas vitórias, meus fracassos, meus momentos "uhuuuuuuul" e meus momentos "fudeu" como todo mundo que lê aqui. Não vou fazer os planos pro ano que vem, também não acho necessário. Ou melhor, vou fazer os planos sim, mas vou guardar pra mim. Nada contra ok? Conforme o ano for passando irão ver meus sucessos e decepções em minhas crônicas... ou não. Tudo vai depender do meu gênio nada fácil de se compreender.

Não vou me alongar muito, pois como falei, não pretendo ficar falando do que acertei e errei no ano que se foi. Quero somente agradecer aos amigos que caíram de para-quedas na minha vida, os que entraram de fininho e ficaram e os que já estavam e vão permanecer muito mais tempo ainda! Poderia cantar várias músicas pra agradecer a todos por estarem ao meu lado. Valeu povo!

No entando uma música, que postei no meu facebook, deixo como dedicatória e presente (um dia explico com calma, mas eu gosto de presentear meus amigos com músicas que me tocam lá no fundo, complexo demais pra um parenteses, um dia eu explico com calma ;) pra todos os meus amigos!

Ivan Lins e Mauricio Manieri - Basta Ouvir Seu Coração

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Natal

O rosto queimava. Postada à janela ouvia algum coral de igreja cantar "então é natal". Pensou com um fino sorriso na face que quase sobreviveu a um natal sem ouvir essa música. Pensamento ridiculo. Se sentia ridicula. A queimação no rosto se dava por conta das lágrimas que irrompiam os olhos, que lhe davam um tom melancolico. Por que não aceitou aquela garrafa de vinho de presente? Caíria tão bem uma bebida melancolica agora. Seria perfeito. Quem sabe a bebida lhe trouxesse a força necessária pra que fizesse o que muito adiava.

Tinha toda a cena na mente, teriam de recolher o que sobrasse dela com uma pá, depois jogar água de um caminhão pipa inteiro apenas pra limpar seu liquido vital da calçada, da rua... de quebra iria parar o trânsito. Muito embora não houvessem muitos carros passando na rua nessa tarde de natal. Quem não tinha ido pra praia estava na casa de parentes. Parentes. Parenteses. Parenteses "circulavam" as palavras. Parentes circulavam o que? Uns aos outros? Outra onda de lágrimas. Debruçou na janela. Oitavo andar. Vinte e seis. Dois mais seis oito. Nunca entendeu nada de numerologia, mas tinha uma certa paixão pelo número oito. Era sempre ele quem lhe dava conforto. O infinito. Pensava, em um dia, leva-lo consigo... mas soava tão cliche que sempre desistia da ideia.

Tudo era cliche. Ela, suas atitudes, até esse pensamento de se jogar. Queria drogas novas. Novas porcarias pra manter sua vida com algum - ainda que pífio - sentido. Será que ainda tinha algum doce? Açúcar podia ser uma boa... não. Deixa. Queria curtir essa melancolia, essa onda depressiva na sua plenitude. Sentir o vento quente que entrecortava os prédios ao redor. Não pularia, não tatuaria o infinito sobre a pele machucada anteriormente. Suspirou ouvindo o último acorde da música que viajava com o vento. Feliz natal, então.