domingo, 20 de novembro de 2016

Os 29


É estranho chegar aqui, olhar a data e ver que tenho vinte e nove (mentira, estou escrevendo dia onze de novembro e não hoje, essa é uma beleza do blogger em me deixar programar postagens) e pensar que não tenho muito a comemorar. Não tenho grandes realizações... começo desse ano terminei o livro da ruiva (Lis pros intinos, Elisa pros ainda não-iniciados) e aí começou a correção feita por minha mãe e agora é pegar a revisão dela e corrigir no arquivo digital e procurar uma editora ou me publicar sozinho. Sei que ter mais de trezentas e cinquenta páginas escritas de um livro é coisa pra caralho, mas eu não vejo tudo isso sabem?

A mesma coisa se da com o que eu "conquistei" nos últimos tempos. Um PC bom pra jogos, pra editar vídeos, pra editar fotos, áudio, assistir netflix sem medo dele desligar do nada como meu antigo... troquei de celular (agora posso jogar pokemon go, atrasado, mas ainda não me encheu o saco, então vamo que vamo rs), comprei alguns livros, alguns carrinhos (como eu tinha "planejado" na crônica do ano passado) e, pra quem acompanha meu instagram viu que comprei uma (duas) estante(s) pros carrinhos. E a Eleanor segue bem, ela anda com um rangido estranho nos rolamentos da roda traseira... mas vou resolver isso na segunda (hoje, dia onze, é sexta) então nem é algo que valha tanto registro.

Não sei como vai ser ano que vem o último ano de faculdade, tenho que achar outro estágio, tenho que tentar não me preocupar com coisas que estão acima da minha alçada e que, no momento, não posso resolver. Claro que é mais fácil de fazer do que de falar. Isso sem falar das inquietas sombras que... bem, estão no seu meio dia (ao nível dos pés, pequenas, mas ali, presentes) e dificilmente vão me abandonar.

Talvez seja uma das "datas-que-vim-ao-mundo" mais melancólicas dos últimos tempos. Sei lá sabe? Não sei se é o momento do mundo, se é cansaço, fadiga, stress ou todas as merdas do mundo somadas. É, eu sei, hoje o dia devia ser de "comemoração", mas eu já disse que não comemoro um ano a mais, só a menos. Uma das tradições do dia é trollar minha madrinha com a "e o coraçãozinho?" vindo com um "ta bem, doze por oito". Outra tradição (eu gosto delas, me fazem sentir ligado ao que o mundo deveria ser, a falta de tradições faz do povo seres com muitos instintos e pouca coisa humana dentro de si) é agradecer a todos os amigos e amigas que - ainda - me aturam, sobretudo quem me conhece a muito mais tempo e conhece coisas profundas minhas.

Enfim... ah sim. Sobre todas as "conquistas" citadas lá em cima... livros, carrinhos, estantes, PC, celular, manutenção da Eleanor eu olho pra todas elas e cantarolo Ouro de Tolo, do Raul (ouça aqui) "eu devia estar contente por ter conseguido tudo que eu quis... mas confesso abestalhado que estou decepcionado, porque foi tão fácil conseguir e agora eu me pergunto 'e daí?', eu tenho uma porção de coisas pra conquistar e eu não posso ficar aqui parado".

Dando de ombros eu torço pra que os vinte e nove sejam vinte e oito vezes melhor do que foram os vinte e oito.

________________adendo________________

Como eu não queria alterar o já escrito (acredito que tudo que escrevo aqui é o mais próximo do meu "eu-verdadeiro" que, provavelmente, todos vocês irão conhecer, logo, reescrever algo tão pessoal quanto a crônica-de-ano-novo, por isso a parte ali de cima, que escrevi dia onze fica ao posto que essa nova parte (que, juro, não sei se vai sair muita coisa, porque estou escrevendo dia dezoito de novembro, meio da tarde, ouvindo música estranha e pensando que minha bateria pessoal acabou e ainda falta pouco menos de um mês pro fim das aulas) vai ser um complemento (ou não) do que escrevi ali em cima... porque, convenhamos, escrevi aquela parte ali em um momento de inquieta sombra e... então.

Como não planejei essa segunda parte vou escrevendo o que me vier na cabeça e, assim, espero que saia algo minimamente compreensível, haja visto que eu estou pensando mil coisas além do aqui-agora nesse momento.

A verdade é que, apesar da imensa quantidade de merdas que aconteceu esse ano (pessoas "se foram" e não sei se voltam) acho que o saldo fica positivo. Mas não fica muito não, fica tipo balança comercial que fica zero ponto dois por cento acima do mesmo período do ano passado. Claro, houveram inúmeras conquistas, inúmeras vitórias e coisas-que-eu-fiz-que-deram-certo. Agora, faltando poucas horas pro final do expediente, pro final de semana e para o domingo (que é hoje, que vocês estão lendo) eu fico pensativo frente ao que vem por aí e... okay, eu já tinha prometido (e quebrado a promessa várias vezes) que não ia me preocupar na véspera. Mas eu não consigo, sou ansioso demais. Nessas férias, inclusive, quero ver se aprendo algumas técnicas pra aprender a controlar a ansiedade e se coloco alguns projetos que estão no papel em prática (se bem que meu livro está no papel e... bem, vai continuar no papel, uma vez que... ta, deu pra entender), se vocês me seguirem (se não seguirem também, tanto faz) o blog aqui e o instagram (já citado, não vou linkar de novo) irão descobrir o que ando tramando e o que consegui fazer.

Em todo caso é isso. Precisava fazer esse adendo "não-tão-inquietas-sombras" na postagem original que estava meio sombria... se bem que me dei bem escrevendo coisas sombrias (postagens antigas que o digam) e... chega. Voltamos à programação normal. A propósito: ouçam a playlist que citei ali embaixo, no decorrer d'Os 29 (ou seja, um ano) vou colocar músicas nela.

________________/adendo________________

E, como esse ano eu não consigo fixar em uma música só, fiz uma playlist que, provavelmente, vou ampliar conforme passem os dias até chegar o dia (lembrem-se, escrevi dia onze e não hoje, dia vinte) e... bem, ouçam-na clicando aqui.

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