Eu não sou poeta, já reneguei inúmeros poemas meus à uma gaveta imaginária pra que eles nunca saíssem de lá, mas um dia desses, uma chuva se desenhava no céu noturno e ela, a Deusa da Inspiração veio e me acertou com estes versos, ei-los:
Vem Chuva
Vem chuva
Vem lavar os telhados
Vem molhar as ruas
Vem chuva
Vem embalar o sono do trabalhador, do velho, da criança
Vem chuva
Vem trazer mais cedo o filho que saiu e tranquiliza o coração da mãe que fica aflita a sua espera
Vem chuva
Vem regar as plantas
Vem molhar as arvores
Vem chuva
Vem trazer beijos molhados
Vem trazer paz pra criança
Vem regar o jardim de bonança
Vem chuva
Vem acalmar o mundo que sofre
Vem acalmar a alma de quem morre
Vem chuva
Vem dos céus, enviada divina
Vem molhar do peão à menina
Vem cobrir de bênçãos e ser cortina frente dum novo despertar
Vem chuva... vem.
2 comentários:
Acentou a poeira, limpou a sujeira. Cessou o incêndio, preparou a terra, brotou esperança por todo o terreno.
Era densa, seria, linda de se admirar do lado de dentro. Instável, manipuladora, perigosa.
Assim era a chuva...
Quanto mais eu a olhava, mais ela me convidava a purificar os demônios que se escondiam em meu peito.
Abri a porta, pisei na grama molhada, senti ela molhar meus cabelos, ela camuflou minhas lagrimas. Esfrio minha mente, lavou minha alma.
Assim era a chuva...
Ora devasta noutra restaura não só o que vem pela frente mas tambem o que temos por dentro
Muito bom.
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