segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Fechar de Cortinas

Findou-se a peça, as cortinas se fecharam sob os primeiros aplausos da platéia, que, atônita não sabia como se expressar após aqueles mais de vinte atos. Uma peça longa é verdade. Mas ainda assim capaz de arrancar aplausos do público. O ator recuou alguns passos deixando que a cortina e as luzes apagassem. Daqui alguns poucos segundos a cortina voltaria a abrir pro ator agradecer a todos por aquele reconhecimento, por aquele singelo ato de bater a palma de uma mão na outra.

Quando as cortinas abrissem novamente ele daria não mais que quatro passos a frente e se inclinaria, agradecendo, mais uma vez, aquela salva de palmas. As cortinas abriram. O público ainda o aplaudia, agora em pé. Sorriu e fez conforme planejou, os passos, o inclinar... tudo. Ficou alguns segundos agradecendo, deu os mesmos quatro passos, agora para trás e as cortinas novamente se fecharam. As palmas, agora cessavam aos poucos, já podia ouvir as pessoas saindo, lentamente, do teatro. As cortinas fechadas, teatro vazio, as luzes sendo apagadas. Era o fim da peça. Era o fim.

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