segunda-feira, 19 de março de 2012

Sentir

"Sentir" talvez seja a coisa mais complicada de se fazer quando se quer escrever algo, não sentir com os cinco sentidos, mas sentir por dentro. Essa é a coisa mais dificil e que impede esse blogueiro aspirante a escritor de postar mais vezes, eu sei o que sinto, eu sei como me sinto, mas na hora de passar pro "papel"... a coisa complica. São palavras que fogem (na hora que escrevi lembrei da Cecília Meireles com seu "palavras, ai palavras, que estranha a potência vossa!"), e acabam me deixando na mão justamente na hora que eu gostaria.

Muito provavelmente, porém, a falta de palavras só queiram dizer que o que sinto não tem explicação. Não existem palavras ainda para descrever - ou as palavras não maduraram - o que sinto. Sentir mesmo não é algo que dê pra explicar apenas com esse projeto de crônica ou um conto elaborado. Se quando você pega aquele livro que todo mundo está comentando e não achou tudo isso, sinal que você não sentiu o que o livro quis dizer. Assim é com essas "coisas" que posto aqui. Se não achou tão bem escrito, sinal que não sentiu o que quis dizer... o mesmo vale com coisas que leio por aí e acabo não comentando. Sinal que não senti o que o autor (ou autora) quis dizer. Não quer dizer que não gostei, longe disso, eu apenas não consegui me embrenhar na mente de quem escreveu.

Claro, há várias formas e níveis dos "sentires", mas isso é papo pra outro dia, quando eu estiver sentindo ideias melhores (sentir-me inspirado).

3 comentários:

Fê Montuori disse...

Querido,

Conversando com você eu sempre sinto as suas palavras...
Sinto nossa conversa fluir...
Me sinto melhor...
As vezes... me sinto irritada...

Mas... isso que é o bom...

SENTIR...

Sentir que é de verdade, sentir que é do coração...

Anônimo disse...

É fácil e delicioso sentir tuas palavras, teus pensamentos, teus contos. É muito bom sentir vc.

Katherine mansfield disse...

É que na maioria das vezes, a boa literatura não vem apenas do sentir; dos sentimentos, mas de ideias e, principalmente, da elabaroção dessas ideias: o trabalho.
Você diz que a falta de palavras, provavelmente queira dizer que o quê sente não tem explicação. Mas talvez o que te falte, querido, seja apenas uma bagagem cultural. E isso você adquire com tempo ( e vontade).
Seus escritos não são ruins, só te falta um pouco mais de comprometimento. E, se você quer mesmo se tornar escritor, acredite menos na inspiração e mais no trabalho. Apenas mais um adendo: desconfie sempre dos comentários excesivamente elogiosos, eles inflam o seu ego e não te permitem crescer.