quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Os 38

 Olá pessoas, como estão? Espero que bem apesar dos pesares, bebendo água e mantendo a fidelidade ao que vocês acreditam, porque isso é o mais importante.


Como falar como foram os últimos trezentos e sessenta e cinco dias? Talvez a melhor analogia seja a da montanha russa, porque foram meses de bonança, depois uma queda abrupta, uma falta tranquilidade e um looping, sei que em meses recentes eu não estava mais sentindo nada e me lembrando que eu odeio montanhas-russas (só gostava de fazer no RollerCoaster Tyccoon).


Pra começar a cliente que eu julgava ser uma parceria a longo prazo saiu repentinamente, disse que estava passando por uns problemas pontuais na loja e bla bla bla que era só por um tempo... Aham. Mas não guardo mágoa nem nada. C'est la vie.


Depois o looping... Foi estranho. Do nada eu entro em contato com uma agência da cidade, me contratam pra descobrir, três semanas depois, que não tinham nada organizado no setor de criação... Logico que me chateou, mas dei risada porque pareceu um livramento, afinal se me contrataram na emoção duma esperança de lançar produto novo e... Deu errado. Mas é como disse pra minha psicóloga: tudo são experiências, essa, na minha biografia, vai ser igual aqui: um parágrafo, talvez dois.


Na real teve outro looping, esse "patrocinado" pela minha tireoide que me deu um susto. Tenho uns cistos nela e o último ultrassom tinha mostrado um risco minimamente alto pra algo mais sério e minha médica me encaminhou pra o setor oncológico... Não digo que foi uma experiência terrível, porque o baque de ter que ir até lá ver o que era foi tenta, deu aquele cagaço, mas depois de ver que não tinha nada e o ultrassom seguinte confirmar isso trouxe a tranquilidade de novo. Ufa.


Foi curioso reler o texto do ano passado e notar que eu ainda sigo com a mesma lucidez, agora, além de ter uma leveza de espirito eu também ando com uma resiliência/casca maior pra aceitar as adversidades. Se eu estiver andando e bater o dedão em uma pedra vou me permitir sentir aquela dor, mas preciso seguir em frente, talvez mancando um pouco, mas seguindo em frente.


Ainda não aprendi totalmente, mas ando conseguindo entender que não adianta eu me preocupar com coisas que estão fora do meu alcance. Voltando a situação da pedra: eu não posso controlar a pedra de estar no caminho, mas posso chutá-la para o lado pra ninguém mais tropeçar nela. Tipo isso. Ainda não formulei bem isso, mas... Tem algo aí.


Desde 2019 eu digo que tento ser o mais fiel a mim, mas depois de alguns acontecimentos nas semanas que antecederam a data de hoje me empurraram a pensar sobre que caminho eu quero seguir e a resposta sempre esteve na minha frente: Arte. Sei que soa utópico, mas a publicidade nada mais é que uma forma de vender arte. O objetivo-fim dela é vender, mas também é arte. Por isso vou seguir por esse caminho, só preciso podar um pouco o mato e reencontrar a trilha, dar mais a cara a tapa, fazer algo que eu fazia lá quando cheguei na internet: me expor sem receio do que vão achar.


Enfim, me alonguei tanto mas é que esse ano foi de momentos merdas, capotamentos de caminhões cheio de merda mas inúmeras descobertas e revelações internas que, com o tempo, hão de aparecer na superfície.


Dito isso: cuidem-se, bebam água, sejam fieis a vocês e que a montanha russa seja aquelas infantis, sem tanto sobressalto.